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Janeiro é o mês das Folias de Reis!
No mês em que se comemora o Dia dos Santos Reis, já é tradição muitos moradores de Andradas receberem em casa as Folias de Reis da cidade, que hoje são duas! A Companhia Estrela Guia, do Sr. Juraci, é a Folia de Reis mais antiga a atuar em Andradas: desde 1988. Companhia Estrela Guia comandada pelo Sr. Juraci. No ano de 2017, o Setor de Cultura da Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Turismo e Cultura, trabalhando o resgate do Patrimônio Histórico e Cultural, possibilitou que a Folia de Reis do Distrito do Campestrinho retomasse suas atividades depois de alguns anos. A Companhia Nossa Senhora da Guia tem como festeiro o Sr. João Borges de Lima e possui ao todo 14 integrantes. Companhia Nossa Senhora da Guia tem como festeiro o Sr. João Borges de Lima Nas andanças pela cidade e pelos bairros rurais, ao chegar na casa de alguém as Companhias de Reis oferecem a Bandeira com os símbolos dos Três Reis Magos e de Cristo para o dono da propriedade. A Bandeira é o símbolo máximo da Folia de Reis, e seu manuseio requer uma grande honra e responsabilidade. Em seguida, dá-se início a cantoria de alguns versos e poemas com temas variados. Logo após essa introdução, o Mestre ou o Capitão pede a licença para ingressar na propriedade e ao adentrar, diz todo o contexto da religiosidade em que os Três Reis magos estão inseridos. A Folia de Reis tornou-se um bem Cultural Imaterial de Minas Gerais em 06 de janeiro de 2017. As duas Companhias de Andradas são registradas e inventariadas como patrimônio imaterial do município, sendo muito importante a salvaguarda e a proteção da sociedade para com esse bem. A Folia de Reis já é tradição na cidade de Andradas A história da Folia de Reis As Folias de Reis são festejos de origem europeia, comemoradas em âmbito católico como forma de rememorar a história bíblica dos Três Reis Magos do Oriente, que viajaram para presentear o então recém-nascido menino Jesus Cristo. Segundo a tradição, os Três Reis Magos seriam uma espécie de guardiões do Cristo Menino. Essa tradição tem seu surgimento na Península Ibérica (Portugal e Espanha). Os colonizadores portugueses que aqui aportaram, trouxeram essa celebração como forma de auxílio na catequese dos indígenas e no ensino dos primeiros africanos escravizados para o trabalho nas mais diferentes funções. No começo, a celebração das Folias de Reis era realizada no período do Pentecostes, mas com o passar do tempo, passou-se a ser estendida para outras datas do calendário. As Folias de Reis remetem a um passado rural, aonde a maioria das pessoas vivia no campo e essa manifestação cultural era um grande acontecimento que envolvia toda a comunidade, seja no translado da Folia, na preparação para o almoço ou afazeres. Uma das principais características das Folias de Reis é a junção entre a encenação, o canto, a música, o poema e a dança. Por meio das Folias, os foliões e as pessoas que as recebem e acompanham reforçam sua fé a partir de uma atividade lúdica. Para expressarem essa atividade cultural, os foliões utilizam-se de diversos equipamentos: pandeiros, violões, máscaras, fitas coloridas, bandeiras, imagens, flores, espadas de madeira, lanças, caixas, acordeões, entre outros. No Brasil, as Folias de Reis são comuns de Norte a Sul do território nacional, sendo um ritual muito comum no interior dos Estados de Minas Gerias, São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro.
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