Dia da Mulher

Saúde - Terça-feira, 21 de Março de 2017


Dia da Mulher Parece redundante o assunto, ultrapassado e até clichê. Mas sim, o preconceito existe e a diferença entre homem e mulher ainda grita, um pouco mais baixo, mas não deixou de existir. O dia da mulher é sempre uma data lembrada com muito carinho, rosas, bombons e dizeres que enchem os corações desses seres sempre tão emotivos e carinhosos. Com maior ou menor intensidade, cada mulher sabe o que carrega no coração e muitas vezes essa doçura é confundida com fragilidade. É importante lembrar, que o crescimento profissional ganhou destaque nas últimas décadas e as mulheres têm cada vez mais conquistado seu espaço e invadindo também os limites de gêneros. Aqui, na Prefeitura de Andradas, temos alguns exemplos.   Mulheres na segurança Vanessa e Simone. Guardas Municipais da cidade de Andradas. As duas têm personalidades diferentes, mas algumas particularidades em comum. Batom nos lábios e segurança nas atitudes. Das 19 inscritas no concurso, somente duas estão atuando. O treinamento não teve folga. Homens e mulheres passaram pelo treinamento de maneira igual, assim como hoje atuam nas ruas e abordagens com as mesmas técnicas que aprenderam. Há quem se engane que elas fiquem na área administrativa! Gostam mesmo de trabalhar no operacional, atendendo as solicitações pelas ruas da cidade. “As pessoas criam o estereótipo de que para a mulher exercer uma profissão de homem ela tem que ser masculinizada. Muitos confundem vaidade com fragilidade”, afirma Vanessa. Ambas concordam que algumas vezes são recebidas com certa rispidez, mas aos poucos conseguem mostrar o seu trabalho e mais uma vez convencer que competência não tem sexo.   Mulheres no trabalho braçal Regina Celia Ferreira também tem muita historia pra contar. Traz em seu currículo cargos nem sempre relacionados a figura feminina. Coveira, pedreira, coletora de lixo no caminhão e, hoje, vigia e atendente no período da noite do Almoxarifado. Regina destaca que gosta mesmo do trabalho pesado, mas o lado feminino faz a diferença por acreditar que as mulheres são mais ativas quando desempenham várias atividades ao mesmo tempo. Ela atende telefone, vistoria o pátio, abre os portões e libera os veículos, tudo com muita força de vontade e atenção. E afirma: “dedicação é o caminho, basta ter força  de vontade e querer trabalhar.”   Mulheres no volante Outro setor que merece destaque é o de trânsito. Em sua maioria predominado pelo sexo masculino, mas aqui na Prefeitura de Andradas é possível encontrar Patrícia Garcia dirigindo ônibus e caminhões pelas ruas. São três anos de dedicação à Prefeitura e foi a paixão por dirigir que a fez seguir esta carreira. Patrícia diz que o preconceito é muito grande, principalmente quando se trata de veículos grandes, mas que aos poucos vem quebrando os tabus. O diferencial dela é claro, o jeitinho feminino que conquista a todos. “O que mais me destaca dos homens é o carinho em lidar com as pessoas, em cada criança eu vejo a minha filha. Agora no setor da saúde, eu trato as pessoas com essa mesma sensibilidade, a sensibilidade humana. É natural da mulher.” E mesmo após muitos anos de luta para alcançar seu espaço, Patrícia ainda ouve a famosa frase: “tinha que ser mulher...” explanada algumas vezes pela rua. Pois é! Em muitos casos tem que ser mulher mesmo!! Tem que ser mulher para enfrentar os preconceitos, ser mulher para a jornada tripla de trabalho, ser mulher para gerenciar uma casa com disciplina e acolher os filhos com carinho. Tem que ser mulher para lutar pela igualdade, tem que ser mulher para enfrentar o dia a dia cheio de preconceitos. Tem que ser mulher para lutar com a mesma força do homem, mas com charme e elegância insuperáveis.

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